Thursday, September 16, 2010

Zeca Baleiro - canções que o remetem à infância


A princípio seriam apenas nove apresentações de formato acústico no Teatro Fecap, em São Paulo. Empolgado com o resultado das sessões ao vivo, realizadas no ano passado, Zeca Baleiro voltou ao mesmo palco em abril para gravar Concerto. Ao lado dos também violonistas Tuco Marcondes e Swami Jr., o músico vai mostrar no Teatro Rival o repertório do disco, dedicado a canções que trazem à tona lembranças de sua infância.

O espetáculo tem dois momentos distintos. Um, mais melancólico, inclui Autonomia, de Cartola, e Desengano, de Lula Cortês. Na parte mais irreverente sobressai Tem Francesa no Samba, de Assis Valente. Escrita num francês macarrônico, a música tem a cara de Baleiro. “Muita gente se surpreende quando revelo o autor. É o avô do meu Samba do Approach”, conta, referindo-se a uma divertida composição sua cuja letra rima “my love” com “Engov”. Também integram o set animado Eu Não Matei Joana d’Arc, de Marcelo Nova e Gustavo Mullem, e Milonga del Mejor, que mostra o maranhense em grande forma. Escrita em espanhol, foi inspirada na pergunta que ouviu inúmeras vezes da imprensa portenha enquanto fazia uma temporada em Buenos Aires. “Parece uma obsessão do povo argentino. Todos os jornalistas queriam saber qual dos craques eu considerava o melhor, Pelé ou Maradona”, lembra. No bis entram ainda antigos sucessos, como Babylon e Telegrama.

Zeca Baleiro. 16 anos. Teatro Rival Petrobras (472 lugares). Rua Álvaro Alvim, 33, Cinelândia, 2240-4469, metrô Cinelândia. Quinta (16) a sábado (18), 19h30. R$ 60,00. Bilheteria: 13h30/19h30 (seg. a qua.); a partir das 13h30 (qui. a sáb.). TT.

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